Executivos portugueses elegem jornais online como principal fonte de informação online

Desde o boom da World Wide Web, nos anos 90, temos acompanhado com particular sagacidade todo o potencial revolucionário da era digital: o advento dos motores de pesquisa, das redes sociais, da geração Youtube, dos digital influencers e até dos novos hábitos de trabalho suportados por novas tecnologias que hoje são indispensáveis a qualquer pessoa ou profissional.

Numa primeira fase, ultrapassada a questão do acesso, e numa segunda, ultrapassada a questão da qualidade da ligação, o verdadeiro desafio passa agora por encontrar o que ler, o que ouvir, o que ver ou quem seguir e, num outro lado do espectro, que meios utilizar para aceder a esses conteúdos. No estudo realizado pela Impacting Digital, “Hábitos de Consumo de Informação Online de C-Levels em Portugal”, analisou-se, entre outros pontos, quais os meios digitais mais utilizados pelos executivos portugueses, enquanto elementos fundamentais para a transformação digital nas suas empresas, para aceder à informação online.

 

Principais conclusões

 

Os jornais online são o meio digital mais utilizado para o consumo de informação

Jornais online – Público, Expresso, Observador – e redes sociais – nomeadamente o Facebook, o LinkedIn e o Instagram – são, por esta ordem, os meios digitais mais procurados para aceder à informação. Em entrevistas presenciais realizadas em paralelo com a recolha anónima de respostas via chatbot, Nuno Sequeira, Head of Digital da BRISA afirma que “para consumo de informação uso essencialmente as páginas dos próprios jornais e, depois, as suas páginas nas redes sociais.” Os executivos portugueses identificam ainda os sites especializados como um meio relevante nas suas pesquisas online.

O Google e o Youtube são, ainda que para 24% dos inquiridos, meios através dos quais a informação é pesquisada. “Quando estou interessada em determinado tema ou notícia vou ao Google e vejo quem me dá a melhor resposta para a informação que ando à procura”, responde Ana Bicho, CEO da Adclick, a propósito dos meios que mais utiliza para aceder à informação online.

Por último, o sucesso dos blogs e vlogs é inegável, porém, e tendo em conta a residual importância atribuída a estes dois meios, esta não é tendência para a camada executiva.

 

A maioria da informação consumida online é gratuita

Alcançando uma taxa de participação de 24,3%, este estudo revela ainda que a maioria dos executivos de empresas de relevo em Portugal não subscreve meios digitais pagos. Porém, diz-se disponível para o fazer, caso o valor criado justifique a subscrição.

Os que responderam que sim (24%) afirmam assinar meios relacionados com economia (37,5%), notícias (25%), comunicação e marketing (12,5%), música (12,5%) e desporto (12,5%).

Tendo em conta o desvio de percentagens, verificamos que os executivos portugueses não pagam por informação, o que, por sua vez, nos faz concluir que o valor do serviço de acesso à informação pago não é ainda reconhecido. Atualmente, o volume de informação disponível online é quase que desmedido fazendo com que surjam conteúdos com altos níveis de qualidade e gratuitos, diminuindo os argumentos dos pagos. Em entrevista à CEO da Adclick, percebemos que existe uma atitude positiva relativamente à subscrição de serviços online, porém, “ainda não foram bem empacotados”.

Será o próximo passo a credibilização das fontes de informação? É provável que o valor do serviço esteja em encontrar pontos diferenciadores, tais como, o acesso privilegiado a informação ou o acesso a conteúdo de maior qualidade (escrito por autores de prestígio, por exemplo), que tornem a subscrição por parte de executivos, e não só, mais atrativa.

 

Sobre o estudo

 

Hábitos de consumo de informação online de C-Levels em Portugal” é um estudo realizado pela Impacting Digital com o objetivo de conhecer os interesses e perceber os hábitos dos executivos portugueses face à forma como consultam a informação online.

Saiba mais acerca de como os executivos portugueses utilizam os meios digitais para aceder à informação. Tenha acesso ao estudo completo aqui.

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