A criação e proliferação de dispositivos conectados à internet, como o PC e o smartphone, alterou bastante a nossa vida.
O poder de ter acesso a tudo com apenas alguns cliques tornou o consumidor muito mais exigente e obrigou as empresas a serem mais ágeis, para dar resposta aos pedidos.
De certa forma, podemos dizer que a internet revolucionou a forma como vivemos e essa revolução vai continuar a intensificar-se nos próximos anos, especialmente através da “internet of things” ou, como conhecida em Portugal, internet das coisas.
Mas afinal, o que é a IoT?
IoT é, por definição, um conceito que engloba todos os dispositivos inteligentes que se encontram conectados à internet e que conseguem ligar-se a outros dispositivos sem intervenção humana.
Um exemplo prático de equipamentos que recorrem a esta tecnologia são as câmaras de segurança cujas imagens podem ser vistas em tempo real através do PC ou do smartphone. Mas, existem muitos outros exemplos, tais como eletrodomésticos, televisões inteligentes, wearables, entre outros.
A principal proposta de valor desta tecnologia é conveniência para o consumidor, contudo para os profissionais de marketing isto pode significar uma mudança radical nas suas funções.
O impacto da Internet of Things no marketing
Existe um sem número de possibilidades de impressionar o consumidor e cativar a sua atenção, por exemplo, através do envio de notificações para um smartphone sempre que um consumidor se aproximar de uma determinada loja. Nesta situação, é possível ainda indicar em tempo real a localização do carro.
Desta forma, conseguimos estar mais próximos do consumidor, oferecendo-lhe melhores experiências, e também recolhendo mais dados passíveis de ser trabalhados com campanhas de marketing.
De facto, com esta tecnologia é possível recolher dados dos utilizadores em tempo real, permitindo às empresas obter ainda mais informações e, por consequência, identificar e segmentar melhor os seus consumidores e em última análise, oferecer conteúdo, serviços, produtos que eles realmente procuram, no momento em que procuram.
Alguns bons exemplos de marketing com recurso a IoT
Parece difícil usar internet of things no marketing? À primeira vista admito que sim, mas vejamos alguns exemplos que demonstram o quão importante e relevante é criar uma cumplicidade entre o marketing e a internet das coisas.
Botões Dash da Amazon
Os botões Dash da Amazon ligam-se à internet e conectam-se à aplicação da marca, permitindo com apenas um “click” encomendar determinados produtos. Assim, o processo de compra é bastante mais rápido, evitando que o consumidor se tenha de deslocar a qualquer superfície comercial.
Adicionalmente, a marca sabe, de cada um dos utilizadores, quais os produtos que preferem, assim como a frequência com que os adquirem, conseguindo realizar campanhas segmentadas para estes.
Philips Hue
A luz é um bem básico da sociedade, porém isso não significa que não se pode inovar e tornar ainda melhor. As Philips Hue são a prova disso, conjugando a luz com a conectividade inerente às tecnologias de IoT.
Estas lâmpadas LED contém comunicação Wi-Fi, pelo que podem ser conectadas aos smartphones e controladas remotamente, assim como integradas em sistemas de automação doméstica já existentes.
MyCheck
A MyCheck é uma plataforma tecnológica que pode ser integrada nos restaurantes, de forma a permitir ao cliente fazer o pedido, o pagamento e até mesmo sugestões através de dispositivos na mesa ligados à internet.
Repare que esta é uma solução simples que trás benefícios tanto para o consumidor, que vê o tempo de atendimento reduzido em larga escala, como para o restaurante que consegue proporcionar uma melhor experiência com um menor esforço de recursos humanos.
Quanto ao pagamento, o sistema permite utilizar os métodos de pagamento clássicos (cartão de débito ou crédito) e também os mais recentes Google Wallet, Apple Pay e PayPal.
Qual será verdadeiro o Impacto da internet of things no marketing?
A Internet das Coisas (IoT) promete revolucionar o marketing, com ainda mais informação e mais oportunidades para as marcas aparecerem no exato timing e local onde o consumidor mais necessita.
É provável que as empresas não só tenham que adaptar as suas estratégias de marketing, como também os seus próprios modelos de negócio e processos. Por exemplo, empresas do setor auto terão a possibilidade de vender muito serviços através da conexão à internet disponível nos automóveis e isto será uma expansão do negócio atual.
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Dito isto, a prosperidade deste tipo de soluções vai permitir criar maior proximidade com os consumidores, melhorar a sua experiência de compra e consumo, assim como redefinir os padrões de segmentação com a introdução da previsão individual de comportamentos e necessidades.